violência doméstica - manual para os media

informar para mudar

28 março 2005

Violência Doméstica e os Media

1 – As Nações Unidas recomendam uma actuação dos Media no sentido de “desafiar as atitudes do público face à violência doméstica”. Para conseguir tal objectivo propõem que sejam “confrontadas atitudes que permitem a ocorrência de violência”, examinando:

- A ideologia da culpabilização da vítima
- O papel do consumo de álcool na violência doméstica
- As características e o comportamento da vítima e agressor e as escolhas que enfrentam
- Conceitos sobre vida em família, privilégios masculinos e privacidade
- A exploração da mulher na comunicação social
- A glorificação da violência nos media

As notícias ou programas sobre o assunto podem ensinar à mulher formas de se proteger, dado permitirem: saber mais sobre a questão; conhecer os serviços de apoio disponíveis e envolverem-se nos esforços da comunidade de combate ao fenómeno”.

2 – A resolução 52/86 da Assembleia Geral das Nações Unidas recomenda a aprovação de “códigos deontológicos e medidas de auto-regulamentação no que respeita à violência nos media, com vista a melhorar o respeito pelos direitos das mulheres e desencorajar a discriminação e os estereótipos”.

3 – O Comité de Ministros do Conselho da Europa sobre a Protecção das Mulheres Contra a Violência, na Recomen­dação Rec(2002)5, incita os estados membros a “encorajar os media a promover uma imagem não estereotipada da mulher e do homem, baseada no respeito pela pessoa humana e da sua dignidade e a evitar produções associando violência e sexo …”.

O mesmo texto “encoraja a elaboração de códigos de conduta para os profissionais dos media, tendo em conta a problemática da violência …”.